Notícias

 

Mulheres que impulsionam o desenvolvimento

2021-04-12

Em Moçambique, a pobreza e a desigualdade ainda constituem problema entre as mulheres. No sector da educação, o alto nível de analfabetismo entre as mulheres e raparigas, especialmente nas mulheres das zonas rurais, limita também o seu acesso ao rendimento e ao bem-estar. No sector do emprego, as mulheres encontram-se maioritariamente no sector informal e no sector agrícola, como trabalhadoras não qualificadas e especialmente nas culturas de subsistência.

É tendo em conta estes factores que a ADPP tem vindo a implementar projectos que visam essencialmente emponderar as mulheres e raparigas, contribuindo, deste modo para reverter o ciclo da pobreza que grassa a maior parte das mulheres em Moçambique.

Muitas mulheres beneficiárias dos projectos da ADPP têm contribuído para o sustento das suas famílias, provendo, deste modo, alimentação e educação dos filhos.

Aos 70 anos, Rita Mavuque é um exemplo de superação. Aquando da passagem do Ciclone Idai ela perdeu tudo o que conquistou ao longo de toda a sua vida. No entanto, graças ao seu trabalho árduo na sua machamba, recuperou quase tudo o que perdera no passado.

“Uma parte da produção é para o consumo familiar e a outra é destinada a venda no mercado local. Com o valor que ganho consegui reabilitar a minha casa que ficou parcialmente destruída e comprar material escolar para os meus filhos.” – conta.

Celestina Saíde é também uma das mulheres que está na linha da frente no combate a pobreza. Ela faz parte de uma agremiação denominada “Associação Combate Fome Zero”. Além de trabalhar no campo, Celestina se dedica a costura e faz parte de um grupo de poupança, juntamente com outras mulheres da sua localidade. Através das actividades que desenvolve, ela consegue sustentar os seus filhos e netos.

As mulheres, através dos programas e projectos da ADPP estão também envolvidas em iniciativas que visam combater doenças como a Tuberculose e o HIV-SIDA. A ADPP possui uma vasta rede de activistas que trabalham nas comunidades rurais.

Celeste Banze, Hermínia Silvestre são activistas do Projeto de Busca Ativa e Investigação de do Contactos, que visa melhorar a detecção de casos de tuberculose, a investigação de contatos domésticos, o acompanhamento de casos negativos de expectoração e a recuperação de casos perdidos.

Celeste acredita que o seu trabalho tem um impacto positivo na comunidade pois, contribui para que muitas pessoas tenham acesso ao tratamento da Tuberculose. No fim a satisfação: “o meu trabalho diário, a minha maior satisfação é ver uma pessoa curada. Nós criamos uma relação de amizade com algumas pessoas com TB e vê-los bem de saúde é uma felicidade, sentimento de dever cumprido”.- explica.

Tal como Hermínia, Celeste tem muito orgulho do trabalho que tem desenvolvido na comunidade pois, segundo conta, só uma comunidade saudável pode contribuir para o desenvolvimento do país.

O trabalho da ADPP está totalmente alinhado com os objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, no que tange apoio as raparigas e mulheres em situações vulneráveis e de violência baseada no género.

Importa referir que só em 2020 nas escolas da ADPP,  2,397 raparigas transitaram da escola primária para a secundária um feito conseguido através dos projectos de empoderamento da mulher e da rapariga que tem vindo a ser implementados pela ADPP e seus parceiros.

Mais Notícias

2022-05-17
A Escola de Professores do Futuro de Maputo (EPF Maputo) tem nova directora, Adelfa da Iva Manhenge Banze Munialavo, que passa ao cargo em substituição de Sarmento Simões Preço, que cessa funções após ter dirigido a instituição durante 18 anos.
2024-04-19
O Instituto Superior de Educação e Tecnologia (ISET One-World), realizou no passado dia 12 de Abril, nas suas instalações localizadas no distrito de Namaacha, Posto de Admnistrativo de Changalane, a sua XIIIcerimónia de graduação, colocando no mercado de trabalho quarenta novos quadros superiores com graus de licenciatura e mestrado.
2020-11-18
O consórcio liderado pela ADPP e composto pela Associação para a promoção do Desenvolvimento Rural (APRODER), h2n e a Universidade Rovuma (UniRovuma), em parceria com o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), lançou oficialmente no dia 05 do mês de Novembro, na cidade de Nampula, o projecto denominado “USAID/Apoiar a Ler!”, uma iniciativa financiada pela Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID).