Boas práticas de pesca sustentável transformam a vida do pescador Nriricho

Nriricho Amade, natural da cidade de Pemba, tem 47 anos e carrega consigo uma trajetória marcada por persistência, trabalho árduo e visão empreendedora. Há 23 anos, iniciou a actividade piscatória com uma pequena embarcação, enfrentando inúmeras dificuldades logísticas e operacionais. Ainda assim, manteve-se firme, reinvestindo grande parte dos lucros obtidos com a venda do pescado. Esse esforço permitiu-lhe, com o tempo, construir um património que incluía quatro embarcações e quatro motores, alcançando uma média diária de captura de três caixas de 30 kg de peixe cada.

Nriricho

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A sua história é também um exemplo de resiliência. A passagem do ciclone CHIDO trouxe prejuízos significativos: um barco, um motor de 25 cavalos e parte do seu material de pesca foram destruídos. Mesmo diante desse revés, Nriricho não desistiu.
Em 2024, enquanto tentava reconstruir o que havia perdido, Nriricho integrou-se ao projeto AgroVida, juntamente com outros 50 pescadores sob sua liderança. A iniciativa foi um divisor de águas na sua carreira. Por meio de formações técnicas, passou a adotar práticas de pesca sustentável, além de aprimorar a gestão do seu negócio com ferramentas como o controlo financeiro, planeamento de gastos e lucros, e identificação de novas fontes de financiamento.
Os resultados não tardaram a surgir. Actualmente, Nriricho conta com três embarcações a motor, três motores operacionais, e emprega 26 trabalhadores fixos. Sua média diária de captura aumentou significativamente, variando entre cinco e seis caixas de 40 kg cada.
Com os olhos postos no futuro, Nriricho sonha agora em adquirir uma viatura de transporte, o que lhe permitirá expandir a comercialização do peixe para mercados fora da cidade de Pemba, aumentando seus lucros e ampliando o impacto positivo do seu negócio na comunidade.

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